Óbitos perinatais por Hipóxia Intrauterina e Asfixia ao Nascer na Amazônia: 10 anos de análise
DOI:
https://doi.org/10.61411/rsc202472517Resumo
A mortalidade perinatal abrange as mortes fetais e neonatais precoces, ocorridas entre a 22ª semana de gestação e o 6º dia de vida. Na atualidade, a hipóxia intrauterina e a asfixia ao nascer configuram-se como a quarta principal causa de mortalidade neonatal e perinatal. Sob esse viés, o objetivo do presente estudo é analisar o perfil epidemiológico dos óbitos perinatais por hipóxia intrauterina e asfixia ao nascer na Amazônia no período de 2013 a 2022. As informações foram coletadas do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), disponíveis no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Na captação dos dados, foram selecionadas no SIM as modalidades “Óbitos Fetais” e “Óbitos Infantis”, aplicando-se, em ambas, o filtro "Lista Morb CID-10: Hipóxia Intrauterina e Asfixia ao Nascer”. As variáveis pesquisadas foram: sexo, duração da gestação, tipo de parto, tipo de gravidez, peso ao nascer, óbito em relação ao parto, idade materna e escolaridade materna. Ao analisar os resultados, observou-se maiores taxas para o sexo masculino (53%), peso entre 1500-2499 gramas (23,72%), idade materna de 20 a 24 anos (24,67%), escolaridade materna entre 8 e 11 anos (43,05%), idade gestacional de 37ª e 41ª semana de gestação (36,25%), gravidez única (93,76%) e parto vaginal (68,59%). Conclui-se que medidas sejam realizadas para que os índices de óbitos perinatais por hipóxia intrauterina e asfixia ao nascer na Amazônia possam diminuir.
Referências
Silva,LD;Santos,LR;Fonseca,MRF;Pinto,FG;Silva,ABD;Rodrigues,VS;Neves,GR;Nóbrega,RS . Perfil epidemiológico dos óbitos fetais no Brasil entre 2015 e 2020.Pesquisa, sociedade e desenvolvimento,2525-3409, v. 11, n. 13, p. e231111335360,06 out. 2022. DOI: https://doi.org/10.33448/rsd-v11i13.35360
Esteves,HAL;Borba,IM;Moura,SRS;Mendonça, CRS.Perfil clínico epidemiológico dos óbitos neonatais em um hospital de referência na assistência neonatal das regiões Nor-te-Nordeste do Brasil.Trabalho de Conclusão de Curso- Faculdade Pernambucana de Saúde,Recife-PE, 2023.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos estratégicos. Brasilia, 2012 [ citado em 03 jan. 2024]. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/sintese_evidencias_mortalidade_perinatal.pdf
Nobrega,AA;Mendes,YMMB;Miranda,MJ;Santos,ACC;Lobo,AP;Porto,DL;França,GVA. Mortalidade Perinatal no Brasil em 2018: análise epidemiológica segundo a classificação de Wiggleworth modificada. Cadernos de Saúde Pública. v.38, n.1,e0003121. 2022. DOI: https://doi.org/10.1590/0102-311x00003121
Rêgo,MGS;Vilela,MBR;Oliveira,CM;Bonfim,CV. Óbitos perinatais evitáveis por intervenções do Sistema Único de Saúde do Brasil. Revista Gaucha de Enferma-gem,1983-1447, v.39,n.0,23 jul.2018. DOI: https://doi.org/10.1590/1983-1447.2018.2017-0084
Holanda, AAS. Caracterização da Mortalidade Fetal em Pernambuco, de 2000 a 2011: causas e fatores associados. Monografia-Programa de Residência Multiprofissional em Saúde Coletiva do Departamento de Saúde Coletiva, Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães, Fundação Oswaldo Cruz, 2013.
Pinar, H; Goldenberg, RL; Koch, MA; Heim-Hall, J; Hawkins, HK; Shehata, B; Abra-mowsky, C; Parker, CB; Dudlehy, DJ; Silver, RM; Stool, B; Carpenter, M; Saade, G; Moore, J; Conway, D; Varner, MW; Hogue, CJR; Coustan, DR; Sbrana, E; Thorsten, V; Willinger, M; Reddy, UM. Placental findings in singleton stillbirths. Obstetrics and gynecologY, ISSN: 0029-7844, v.123, n.2, p.325-336, 2014 DOI: https://doi.org/10.1097/AOG.0000000000000100
Aune,D;Saugstad,OD;Henriksen,Tore;Tonstad,Serena. Maternal body mass index and the risk of fetal death, stillbirth, and infant death: a systematic review and meta-analysis. Jama Network,1538-3598,v.311, n.15,p.1536-1546, 16 abr. 2014. DOI: https://doi.org/10.1001/jama.2014.2269
Barros, PDS; Aquino ÉCD;Souza, MRD. Mortalidade fetal e os desafios para a atenção à saúde da mulher no Brasil. Revista de Saúde Pública,1518-8787,v. 53,n.12,p.1-9, 18 jan. 2019. DOI: https://doi.org/10.11606/S1518-8787.2019053000714
Soares, ES; Menezes, GMS. Fatores associados à mortalidade neonatal precoce: análise de situação no nível local. Epidemiol. Serv. Saúde, 1679-4974 , v.19, n:1, p.51-60, 2010 DOI: https://doi.org/10.5123/S1679-49742010000100007
Areco, KCN; Konstantyner, T; Taddei, JAAC. Tendência secular da mortalidade infantil, componentes etários e evitabilidade no Estado de São Paulo – 1996 a 2012. Revista Paulista de Pediatria, 0103-0582;v. 34, n.3, p. 263-270, 30 mar. 2016. DOI: https://doi.org/10.1016/j.rpped.2016.01.006
Pícoli,RP; Cazola, LHO; Nascimento , DDG. Mortalidade infantil e classificação de sua evitabilidade por cor ou raça em Mato Grosso do Sul. Ciências e Saúde Coleti-va, 1413-8123; v. 24, n.9, p.3315-3324, 22 set. 2017. DOI: https://doi.org/10.1590/1413-81232018249.26622017
BORGES, M.M; DOS-REIS, L. M. B.; RIBAS, L. H. Hipóxia intrauterina e asfixia ao nascer em uma cidade do sul do Brasil. Residência Pediátrica, 2236-6814, v.12, n.3, p. 1-4, 2020. DOI: https://doi.org/10.25060/residpediatr-2022.v12n3-501
Daripa, M; Caldas, HMG; Flores, LPO; Waldvogel, BC; Guinsburg, R; Almeida, MFB. Asfixia perinatal associada à mortalidade neonatal precoce: estudo populacional dos óbitos evitáveis. Revista Paulista de Pediatria,1984-0462,v.31,n.1, p.37–45, 2013. DOI: https://doi.org/10.1590/S0103-05822013000100007
Leal,MC;Theme-Filha,MM;Moura,EC;Cecatti,JG;Santos,LMP. Atenção ao pré-natal e parto em mulheres usuárias do sistema público de saúde residentes na Amazônia Legal e no Nordeste, Brasil 2010. Revista brasileira de saúde materno infantil,1806-9304, v. 15,n. 01 p. 91-104, 2015. DOI: https://doi.org/10.1590/S1519-38292015000100008
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo IBGE 2022 [Internet]. 2022 [acesso em 04 jan. 24]. Disponível em: https://censo2022.ibge.gov.br/panorama/
Bernardino, F. B. S., Gonçalves, T. M., Pereira, T. I. D., Xavier, J. S., Freitas, B. H. B. M. D., & Gaíva, M. A. M. Tendência da mortalidade neonatal no Brasil de 2007 a 2017. Ciência & Saúde Coletiva,1678-4561 v. 27, p. 567-578, 2022. DOI: https://doi.org/10.1590/1413-81232022272.41192020
Pazos,JVG;Castro,JO;Moysés,RPC;Lopes, FNB;Ferreira,BO. A evolução da mortalidade materna e o impacto da COVID-19 na Região Norte do Brasil: uma análise de 2012 a 2021. Saúde e Pesquisa, v. 16, n. 2, p. 1-18, 2023. DOI: https://doi.org/10.17765/2176-9206.2023v16n2.e11707
Estrela, FM; Silva KKA; Cruz, MAD; Gomes,NP. Gestantes no contexto da pandemia da Covid-19: reflexões e desafios. Physis: Revista de Saúde Coletiva,1809-4481;v.30,n.2,e300215, 2020 DOI: https://doi.org/10.1590/s0103-73312020300215
Bento, VA; Silva,JV;Marins, JB;Azevedo,YSL. Análise da mortalidade perinatal na baixada maranhense entre os anos de 2018 a 2021. Pesquisa, sociedade e desenvolvimento,2525-3409, v. 11, n. 17, e232111739128, 26 dez. 2022. DOI: https://doi.org/10.33448/rsd-v11i17.39128
Aragão, TEB; Santos, ANS. Percepção de puérperas negras sobre os cuidados recebidos no parto. Revista Baiana de Enfermagem,0102-5130,v. 37, 2023. DOI: https://doi.org/10.18471/rbe.v37.46421
Brasil. Ministério da Saúde. Relatório de situação: Roraima / Secretaria de Vigilância em Saúde. Brasília, 2011.
De Oliveira, E. A. R., de Oliveira Lima, C. S., Cirino, I. P., de Sousa Vera, P. V., de Oliveira Lima, L.H., & Conde, W. L. Mortalidade neonatal: causas e fatores associados. Saúde em Redes, 2446-4813, v. 6, n. 3, p. 113-127, 2020 DOI: https://doi.org/10.18310/2446-4813.2020v6n3p113-127
Fideles, AAD; Miranda, HD; Resende, MM; Tissi, MMG, Dias, AMN, Mendes NDE, Loures, L. Causas evitáveis de morte fetal na Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora, MG-Brasil, no período de 2017 a 2019/Preventable causes of fetal death at the Santa Casa de Misericórdia in Juiz de Fora, MG-Brazil, in the period from 2017 to 2019. Brazilian Journal of Health Review, I518-1535, v. 5, n. 1, p. 1518-1535, 2022. DOI: https://doi.org/10.34119/bjhrv5n1-129
Silva, J. D. C., Filha, F. S. S. C., Silva, E. A. C., & dos Santos, J. C. Pré-Natal de alto risco: dados sociodemográficos e intercorrências durante a gravidez. Revista Eletrônica Acervo Saúde, 2178-2091, n. 23, p. e451-e451, 2019. DOI: https://doi.org/10.25248/reas.e451.2019
Brito, M. A. D. M. M., Macêdo, M. B., Brito, J. D. M. M., Lima, L. H. D. O., Pires, C. F., Macêdo, P. D. S., & Campelo, V. Perfil obstétrico dos óbitos perinatais em uma capital do Nordeste Brasileiro. Revista Brasileira de Saúde Materno Infantil, 1806-9304, v.19, p. 249-257, 2019 DOI: https://doi.org/10.1590/1806-93042019000100013
Martins, VPH;Verona, AP. Changes in Adolescent Fertility according to Schooling between 1991 and 2010 in Brazil: Do Differentials Change over Time?.Revista Latino-americana De Población,2393-6401,v.13,n.25,p.54-71. https://doi.org/10.31406/relap2019.v13.i2.n25.3 DOI: https://doi.org/10.31406/relap2019.v13.i2.n25.3
Lima, JC; Oliveira,GJO.;Takano, OA. Fatores associados à ocorrência de óbitos fetais em Cuiabá, Mato Grosso. Revista Brasileira de Saúde Materna e Infantil,1806-9304, v. 16, n. 3, p. 363-371, 2016 DOI: https://doi.org/10.1590/1806-93042016000300008
Silva, F. B., Soares, A. M. R., Porto, G. C. L., De Almeida, L. C., & Justiniano, V. B. Complicações materno-fetais de gestações gemelares. Cadernos da Medicina-UNIFESO, v. 2, n. 1, 2019.
Xavier, I., Barreto, L., Furtado, M. C., Oliveira, M. B. B., & Batista, T. D. Vias de parto e suas repercussões neonatais. Centro Universitário de Anápolis, 2447-8520, p. 1-38, 2017.
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Revista Sociedade Científica
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.