Inquérito sobre automedicação em pacientes com chikungunya em Olinda-PE

Autores

  • Myckanne Mirelle dos Santos Medeiros FMO-Faculdade de Medicina de Olinda Autor
  • Victor Barbosa Magalhães Amorim Autor
  • Renan Queiroz da Fonseca Veras Autor
  • Paulo Henrique dos Santos Silva Autor
  • Mayara Cavalcanti Rosa de Albuquerque Autor
  • Mariana de Melo Andrade Autor
  • Maria Luísa Carvalho dos Santos Autor
  • Lucas Melo da Costa Moreira Autor
  • Ingrid Holanda Guedes Autor
  • Heloise Gabriella Queiroz Moura Autor
  • Eli Pinto Barbalho Filho Autor
  • Cynthia Galvão Inácio Autor
  • Bruna Gozzer Ribeiro Autor
  • Antônio Alves da Cruz Neto Autor
  • Paula Regina Toche dos Santos Autor

DOI:

https://doi.org/10.61411/rsc202438117

Palavras-chave:

Chikungunya, automedicação, Dor crônica

Resumo

Bucou-se verificar o uso de medicamentos sem prescrição médica por pacientes acometidos por febre Chikungunya no município de Olinda-PE. Realizou-se um estudo transversal em pacientes atendidos na clínica escola Dr. Carlos Brandt em Olinda-PE. Foram entrevistados 30 pacientes que tiveram diagnóstico de Chikungunya. O estudo evidenciou que 64,5% dos pacientes fizeram uso de medicação para controle da dor sem orientação médica. Nenhum apresentou efeito colateral grave devido ao uso da medicação. Na fase aguda, os medicamentos mais utilizados foram analgésicos simples, 40% utilizaram dipirona ou paracetamol, 3,3% fizeram uso de anti-inflamatórios, enquanto 6,6% utilizaram derivados opioides. O uso de corticosteroides foi igual ao de opioides. 36,6 % fizeram uso de 02 ou mais medicações. Já na fase crônica, 96,6% utilizavam no mínimo 1 medicação, principalmente, paracetamol ou dipirona. Percebe-se que pacientes acometidos pela Chikungunya necessitam de medicações analgésicas mesmo após a fase aguda da doença. A taxa de automedicação encontrada nesse estudo é significativamente superior à taxa encontrada no trabalho de Arrais em 2016 (16,1%)11. Dada a limitação desse trabalho, como a quantidade pequena de pacientes que não permite validade externa dos dados e o viés de seleção, visto que os entrevistados eram portadores de doenças reumatológicas e faziam uso prévio de analgésicos de forma crônica, além do viés temporal, pois a maioria dos entrevistados tinha dificuldade para recordar nome das medicações utilizadas na fase aguda da doença.

Referências

ELSINGA, J. et al. Long-term Chikungunya Sequelae in Curaçao: Burden, Determinants, and a Novel Classification Tool. The Journalof Infectious Diseases, v. 216, n. 5, p. 573–581, 5 jul. 2017. 2. CARVALHO/, R. G. et al. Updating thegeographical distribution and frequency ofAedes albopictus in Brazil with remarksregarding its range in the Americas. Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, v. 109, n. 6, p. 787–796, 1 set. 2014. 3. Recomendações da Sociedade Brasileira de Reumatologia para diagnóstico e tratamento da febre chikungunya. Parte 1 – Diagnóstico e situações especiais. Revista Brasileira de Reumatologia, v. 57, p. 421–437, 1 jan. 2017. 4.COUCEIRO, F. DE A. V. et al. Epidemiologia da Chikungunya no Brasil: contexto socioeconômico e sanitário entre 2017 e 2021. Research, Society and Development, v. 11, n. 7, p. e46611730331–e46611730331, 31 maio 2022. 5. Monitoramento dos casos de arboviroses até a semana epidemiológica 18 de 2022. [s.l: s.n.]. Disponível em: <https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/boletins/epidemiologicos/edicoes/2022/boletim-epidemiologico-vol-53 no18#:~:text=Situa%C3%A7%C3%A3o%20epidemiol%C3%B3gica%20de%202022&text=A%20Regi%C3%A3o%20Centro%2DOeste%20apresentou>. Acesso em: 9 out. 2022. 6.INGRIDE, L. et al. Perfil epidemiológico dos pacientes com evolução subaguda e crônica de infecção por Chikungunya Epidemiologicprofile of patients with subacute and chronicChikungunya infection evolution. ARTIGO ORIGINAL Rev Soc Bras Clin Med, v. 16, n. 1, p. 13–20, 2018. 7.SISSOKO D et al. Post-Epidemic Chikungunya Disease on Reunion Island: Course of Rheumatic Manifestations and Associated Factors over a 15-Month Period. PLoS Negl Trop Dis, v 3, 2009.

MARQUES, C. D. L. et al. Recomendações da Sociedade Brasileira de Reumatologia para diagnóstico e tratamento da febre chikungunya. Parte 2 – Tratamento. Revista Brasileira de Reumatologia, v. 57, p. 438–451, 2017.

GUARALDO L et al. Treatment of chikungunya musculoskeletal disorders: a systematic review. Expert Rev Anti Infect Ther. Vol 16, n.4, p. 333-344, 2018.

PAULO, L.G. & ZANINE A. C. Automedicação no Brasil. Rev. Ass. Med. Bras., 34: 69-75, 1988.

Arrais PSD, Fernandes MEP, da Silva Dal Pizzol T, Ramos LR, Mengue SS, Luiza VL, et al. Prevalência da automedicação no Brasil e fatores associados. Rev Saude Publica. 2016;50(supl 2):13s.

Batlouni, Michel Anti-inflamatórios não esteroides: Efeitos cardiovasculares, cérebro-vasculares e renais. Arquivos Brasileiros de Cardiologia [online]. 2010, v. 94, n. 4 [Acessado 8 Outubro 2022] , pp. 556-563. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S0066-782X2010000400019>. Epub 22 Set 2010. ISSN 1678-4170. https://doi.org/10.1590/S0066-782X2010000400019.

DOMINGUES, Paulo Henrique farias; artigo, prevalência e fatores associados à automedicação no Brasil. Revisão sistemática da literatura e estudo de base populacional no distrito federal. 2014. Disponível em: https//: repositório.unb.br. Acesso em: 11 de jan. de 2023.

Jean-Louis Montastruc, Emmanuelle Bondon-Guitton, Delphine Abadie, Isabelle Lacroix, Aurélia Berreni, Grégory Pugnet, Geneviève Durrieu, Laurent Sailler, Jean-Paul Giroud, Christine Damase-Michel, François Montastruc, Pharmacovigilance, risks and adverse effects of self-medication, Therapies, Volume 71, Issue 2, 2016, Pages 257-262, ISSN 0040-5957, https://doi.org/10.1016/j.therap.2016.02.012. (https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0040595716000317)

Van Aalst M, et al., Long-term sequelae of chikungunya virus disease: A systematic review, Travel Medicine and Infectious Disease (2017), http://dx.doi.org/10.1016/j.tmaid.2017.01.004.

IBGE- Instituto Brasileiro de Geografia e estatística. [s.l: s.n.]. Disponível em: <https://www.ibge.gov.br/cidades-e-estados/pe/olinda.html>. Acesso em: 11 jan. 2023.

Conselho Federal de Farmácia. [s.l: s.n.]. Disponível em: < https://www.cff.org.br/pagina.php?id=801&titulo=Boletins>. Acesso em 08 jan 2023.

Diário Oficial da União. INSTRUÇÃO NORMATIVA - IN Nº 120, DE 9 DE MARÇO DE 2022. [s.l: s.n.]. Disponível em: <https://www.in.gov.br/web/dou/-/instrucao-normativa-in-n-120-de-9-de-marco-de-2022-386103774> . Acesso em 08 jan 2023.

Contribuições para a promoção do uso racional de medicamentos. Ministério da Saúde. [s.l: s.n.]. Disponível em: <https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/u/arquivos/contribuicoes-para-o-uso-racional-de-medicamentosvolume2.pdf >. Acesso em 08 jan 2023.

Santoso, M.S.; Haryanto, S.; Rulian, F.; Hayati, R.F.; Kristiani, A.; Kartika, R.; Yohan, B.; Hibberd, M.L.;Sasmono, R.T. Continuous Circulation of Chikungunya Virus during COVID-19 Pandemic in Jambi, Sumatra, Indonesia. Trop. Med. Infect. Dis. 2022, 7, 91. https://doi.org/10.3390/tropicalmed7060091 21. Diniz, DS; Teixeira, ES; Almeida, WGR; Souza, MSM. Covid-19 e Doenças Negligenciadas ante as desigualdades no Brasil: uma questão de desenvolvimento sustentável. Saúde em Debate [online]. 2021, v. 45, n. spe2 [Acessado 12 Fevereiro 2023], pp. 43-55. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/0103-11042021E203 https://doi.org/10.1590/0103-11042021E203I>. Epub 24 Jun 2022. ISSN 2358-2898. https://doi.org/10.1590/0103-11042021E203.

Downloads

Publicado

2024-04-23

Edição

Seção

Ciências da Saúde

Como Citar

MEDEIROS, Myckanne et al. Inquérito sobre automedicação em pacientes com chikungunya em Olinda-PE. Revista Sociedade Científica, [S. l.], v. 7, n. 1, p. 2065–2078, 2024. DOI: 10.61411/rsc202438117. Disponível em: https://journal.scientificsociety.net/index.php/sobre/article/view/381.. Acesso em: 6 maio. 2024.