A disseminação da Ideologia de Gênero pela Igreja Católica como mecanismo de controle social da família nuclear heterossexual

Autores

  • Weverton Fernandes Bento Alves UNOPAR/Professor Autor

DOI:

https://doi.org/10.61411/rsc202453317

Palavras-chave:

Família, Igreja Católica Apostólica Romana, Ideologia de gênero, dominação

Resumo

O artigo analisa a disseminação da ideologia de gênero pela Igreja Católica Apostólica Romana, a fim de demonstrar a demasiada intenção do controle social da família nuclear heterossexual. Trata-se de um estudo qualitativo, resultado de uma revisão de literatura sistemática sobre o fenômeno analisado. Os resultados mostram que existe uma pretensão literal da Igreja Católica em disseminar um ideal de valorização e proteção da família nuclear como forma exclusiva de se constituir família, estigmatizando as demais formas de arranjos familiares possíveis. Pode-se concluir que, ao lançar mão de uma teoria/ideologia de gênero com a deturpada intenção de promoção do desenvolvimento adequado do indivíduo, a Igreja Católica termina em legitimar desigualdades e funciona como instituição promotora de preconceitos inferiorizantes dos comportamentos sociais que não deseja.

Referências

ALVES, Weverton Fernandes Bento. Família ou famílias, eis a questão: debates

sobre família no Congresso Nacional a partir da análise do PL 6583/2013

(Estatuto da Família) e do PLS 470/2013 (Estatuto das Famílias). 2022. 83 f.

Dissertação (Mestrado em Economia Doméstica) - Universidade Federal de Viçosa,

Viçosa. 2022.

ALVES, Weverton Fernandes Bento; REZENDE, Daniela Leandro.

INVISIBILIADADE OU ANACRONISMO FAMILIAR? REPRESENTAÇÕES SOCIAIS

DE FAMÍLIA NO ESTATUTO DA FAMÍLIA (PL 6583/2013). E-Legis − Revista

Eletrônica do Programa de Pós-Graduação da Câmara dos Deputados, Brasília,

DF, Brasil, v. 14, n. 36, p. 260–275, 2021. Disponível em:<https://elegis.camara.leg.br/cefor/index.php/e-legis/article/view/709>. Acesso em: 11 abr.

BIROLI, F. Justiça e família. In: BIROLI, Flávia; MIGUEL, Luis Felipe. Feminismo e

política: uma introdução. Boitempo Editorial, 2015.

BOURDIEU, P. Apêndice: o espírito de família. In: Razões práticas. Campinas:

Papirus: 1996.

BRASIL. [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa do Brasil de

Brasília, DF: Presidência da República, [2020]. Disponível em:

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm. Acesso

em: 11 mar. 2024.

GOLDANI, Ana Maria. As famílias no Brasil contemporâneo e o mito da

desestruturação. Cadernos pagu, n. 1, p. 68-110, 1993.

JUNQUEIRA, R. “Ideologia de gênero”: a gênese de uma categoria política

reacionária – ou: a promoção dos direitos humanos se tornou uma “ameaça à família

natural”?. In: RIBEIRO, P. R. C.; MAGALHÃES, J. C. (ORGS.). Debates

contemporâneos sobre Educação para a sexualidade. Rio Grande: Ed. da FURG,

LEVI-STRAUSS, Claude. A família. In: O Olhar distanciado. Lisboa: Edições 70.

Pp. 69-98.

MELO, Mônica Santos de Souza. A DISCUSSÃO SOBRE A IDENTIDADE DE

GÊNERO NO DISCURSO RELIGIOSO DO PADRE REGINALDO MANZOTTI NO

PROGRAMA CONVERSA COM BIAL. Recorte, v. 17, nº 1, 2020. Disponível em:

<http://periodicos.unincor.br/index.php/recorte/article/view/6096/pdf_176>. Acesso

em: 31 maio 2024.

MONTERO, Paula. Controvérsias religiosas e esfera pública: repensando as

religiões como discurso. Religião e Sociedade, Rio de Janeiro, v. 32, n.1, p.

-183, 2012. Disponível em:

<https://www.scielo.br/j/rs/a/SkS49xHZvjKxKvpS3Cg4gbD/abstract/?lang=pt>.

Acesso em: 31 maio 2024.

VIEGAS, Cláudia Maria de Almeida; POLI, Leonardo Macedo. O reconhecimento da

família poliafetiva no Brasil: uma análise à luz dos princípios da dignidade humana,

autonomia privada, pluralismo familiar e isonomia. Revista Duc In Altum Cadernos

de Direito, v. 7, n. 13, p. 54- 99, set.-dez. 2015. Disponível em:

https://revistas.faculdadedamas.edu.br/index.php/cihjur/article/view/15/15. Acesso

em: 26 maio 2022.

PAVANI, Rodrigo Bonifácio de Souza; ALVES, Maria Isabel Alonso. A participação

de religiosos conservadores na política: BNCC, gênero e sexualidade. Caderno

Pedagógico, v. 5, pág. e3985, 2024. Disponível em:

<https://ojs.studiespublicacoes.com.br/ojs/index.php/cadped/article/view/3985>.

Acesso em: 31 maio 2024.

SARTI. Cynthia Andersen. A família como ordem simbólica. Psicologia USP, 2004, v. 15, n. 3, p. 11-28. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/pusp/v15n3/24603.pdf>. DOI: https://doi.org/10.1590/S0103-65642004000200002

Acesso em: 26 jan. 2021.

Downloads

Publicado

2024-06-17

Edição

Seção

Ciências Jurídicas

Como Citar

FERNANDES BENTO ALVES, Weverton. A disseminação da Ideologia de Gênero pela Igreja Católica como mecanismo de controle social da família nuclear heterossexual. Revista Sociedade Científica, [S. l.], v. 7, n. 1, p. 2700–2717, 2024. DOI: 10.61411/rsc202453317. Disponível em: https://journal.scientificsociety.net/index.php/sobre/article/view/533.. Acesso em: 7 set. 2024.